Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Existem dúvidas sobre o exato local de nascimento de Jorge Amado.
Alguns biógrafos indicam que o seu nascimento deu-se na Fazenda
Auricídia, à época município de Ilhéus. Mais tarde as terras da fazenda Auricídia ficaram no atual município de Itajuípe,
com a emancipação do distrito ilheense de Pirangi. Entretanto, é certo
que Jorge Amado foi registrado no povoado de Ferradas, pertencente a
Itabuna.
No ano seguinte ao de seu nascimento, uma praga de varíola obriga a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância, que lhe serviu de inspiração para vários romances. Foi para o Rio de Janeiro, então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado.
Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política,
crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo
assim para a divulgação deste aspecto do mesmo. Suas obras são umas das
mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros,
propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro
(PCB), o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o
autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, viu o sofrimento
dos que seguiam os cultos vindos da bela África, no Ceará viu
protestantes saqueados por fanáticos com uma cruz à frente, então correu
atrás de assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda, e desde
então a liberdade religiosa tornou-se lei. Também foi autor da emenda
que garantia direitos autorais. Por outro lado votou com o (PCB) a favor
da emenda nº 3.165, do deputado carioca Miguel Couto Filho, emenda que
proibia a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de
qualquer procedência. Foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas economias, já que o banco acabou socorrido pelo Proer,
controvertido programa governamental de auxílio a instituições
financeiras em dificuldades. O drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser
utilizado pelo lobby que defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus correntistas.
Disponível em: pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado Acesso em 27/06/2012
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